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Faustão segue na UTI após transplante de coração; funções do órgão estão dentro do esperado para as primeiras 24 horas, diz boletim médico

Apresentador está sob sedação e respirando com auxílio de ventilação mecânica. Equipe médica do paciente que ocupava 1ª posição na lista de espera recusou órgão, e oferta seguiu para 2º paciente da seleção, que era o apresentador. Lista considera gravidade do quadro do paciente.
O apresentador Fausto Silva, o Faustão, entrou na fila de espera por um transplante de coração | Foto: RENATO PIZZUTTO/BAND

O apresentador Fausto Silva segue intubado na UTI do hospital Albert Einstein após transplante de coração realizado no domingo (27), de acordo com boletim médico divulgado nesta segunda-feira (28). Segundo o hospital, as funções do novo coração estão de acordo com o esperado.

“O paciente Fausto Silva, que foi submetido ontem, dia 27 de agosto, a um transplante de coração no Hospital Israelita Albert Einstein, permanece na Unidade de Terapia Intensiva sob sedação e respirando com auxílio de ventilação mecânica. Seu estado clínico é estável e as funções do coração estão de acordo com o esperado para as primeiras 24 horas”, diz boletim assinado Dr. Fernando Bacal, cardiologia.

Faustão ocupava o segundo lugar na fila de espera por um coração, segundo a Central de Transplantes do Estado de São Paulo.

A equipe médica responsável por Faustão recebeu a oferta do órgão na madrugada deste domingo (27). Segundo o Ministério da Saúde, o apresentador foi priorizado na fila de espera em razão de seu estado de saúde, que era considerado grave.

No caso do transplante de coração, a ordem de prioridade da fila de espera é definida com base na gravidade do quadro do paciente. (veja mais abaixo)

“A seleção gerada para a oferta do coração deste receptor, através do sistema informatizado de gerenciamento do sistema estadual de transplantes, trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Destes, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente ocupava a segunda posição nesta seleção”, afirmou a Central de Transplantes do Estado de São Paulo.

A equipe médica do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente da seleção, que era o apresentador.

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Faustão tem o tipo sanguíneo B, segundo a Central. O tempo de espera por um transplante de coração, para potenciais receptores desse grupo é de 1 a 3 meses.

Boletim médico

De acordo com o boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde Faustão está internado desde 5 de agosto, a cirurgia aconteceu no início da tarde de domingo e durou cerca de 2h30.

“O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”, diz o boletim.

Prioridades na fila de espera

No caso do transplante de coração é considerada a gravidade do quadro do paciente para definir a ordem de prioridades na fila.

Quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa, por exemplo. A espera não leva em conta se o paciente fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular.

O primeiro passo é o médico responsável cadastrar o paciente na lista única de transplantes. A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.

Critérios para ordem na fila

Veja abaixo um resumo de como funciona o processo, com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

  • A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
  • Também é levado em consideração a gravidade do quadro – quem necessita de internação constante (com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue) tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa;
  • tipo sanguíneo – um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
  • porte físico – alguém alto e mais pesado não pode receber o coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
  • e distância geográfica – o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas, isso é chamado de tempo de isquemia, o tempo de duração deste órgão fora do corpo, ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas pessoas que estejam muito distantes uma da outra.
  • o tempo de isquemia, inclusive, determina se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;

Fonte: G1

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