A despeito do mau humor global com temores de deterioração da economia chinesa, o Ibovespa conquistou nesta sexta-feira (18) a primeira alta após a série recorde de 13 pregões de desvalorização.
O pregão subiu 0,37%, aos 115.408 pontos.
O movimento positivo foi garantido pelos avanços da Petrobras, bancos e varejistas, enquanto a Vale (VALE3) – o papel com maior peso no mercado doméstico – registrou perdas.
Os papéis da mineradora perderam 1,12% em reflexo ao pedido de proteção contra credores da Evergreen, uma das maiores incorporadoras da China.
A solicitação reforça o temor dos investidores de que crise no setor imobiliário, um dos principais pilares para o crescimento do país asiático nos últimos anos, contamine outros segmentos.
Dierson Richetti, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, ainda destaca a posição de Pequim em suprimir informações sobre a situação da economia.
“Há um risco de um default, já há um movimento do governo chinês de tentar segurar ou de não passar informações para o mercado, então a gente realmente não sabe qual é a informação concreta e verídica do que está acontecendo na China”, afirma.
Apesar do risco global, o barril do petróleo tipo Brent, usado como referência na maior parte do mundo, subiu 0,81%, influenciando positivamente os papéis da Petrobras.
As ações preferenciais (PETR4) ganharam 0,25%, enquanto as ordinárias (PETR3) valorizaram 0,58%.
O arrefecimento do temor internacional ao longo do dia contribuiu para a queda em toda a curva de juros, revertendo parte do movimento de alta observado nas sessões anteriores.
Com isso, ações de bancos também se destacaram, com Itaú (ITUB4) subindo 0,79%, enquanto o BTG Pactual (BPAC11) valorizou 1,49%.
O recuo dos juros também deu força para a recuperação das varejistas, que lideraram as altas do dia.
Os papéis da Magazine Luiza (MGLU3) puxaram a lista, com alta de 6,38%, enquanto Carrefour (CRFB3) subiu 5,24% e a Petz (PETZ3) ganhou 3,91%.
Fonte: CNN Brasil