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Banco Mundial reduz projeção de crescimento da economia global para 1,7% em 2023

Revisão aponta para um cenário econômico mais desafiador, com impacto de fatores como inflação e incertezas geopolíticas.
Projeção para o Brasil é de o PIB crescer 0,8% em 2023 neste ano, com taxas de juros restringindo investimento e exportações desacelerando (Paulo Whitaker/Reuters)

O Banco Mundial revisou para baixo sua projeção de crescimento da economia global em 2023, agora estimada em apenas 1,7%. A nova previsão reflete um cenário de crescente incerteza, com diversos fatores econômicos e geopolíticos pressionando o desempenho das economias ao redor do mundo.

Entre as principais razões para a revisão, o Banco Mundial destacou a persistente alta da inflação, o aumento das taxas de juros em várias economias, além dos impactos prolongados da pandemia de Covid-19 e das tensões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia. “Esses fatores combinados criam um ambiente de incerteza que dificulta o crescimento econômico global”, afirmou um representante da instituição.

A nova projeção representa uma desaceleração significativa em relação ao crescimento observado em 2022 e sugere que as economias emergentes e em desenvolvimento enfrentarão desafios ainda maiores nos próximos meses. Segundo o relatório, a América Latina e o Caribe devem apresentar um crescimento modesto, enquanto as economias mais avançadas, como os Estados Unidos e a zona do euro, devem sofrer um impacto mais acentuado devido ao aumento das taxas de juros e à redução do consumo.

O Banco Mundial também alertou para os riscos de uma recessão global caso as condições econômicas se deteriorem ainda mais. “As políticas fiscais e monetárias precisam ser coordenadas para mitigar os efeitos negativos e promover uma recuperação sustentável”, destacou o relatório.

A revisão para 1,7% no crescimento global coloca um desafio adicional para os formuladores de políticas em todo o mundo, que agora precisam equilibrar medidas de controle da inflação com estímulos ao crescimento econômico. O cenário projetado para 2023 reforça a necessidade de respostas ágeis e coordenadas entre os países para enfrentar os desafios econômicos globais.

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