O Movimento Eu Sou Catador (MESC) promove, entre os dias 23 e 25 de agosto, seu primeiro Encontro Nacional. O Encontro vai debater temas importantes como o cenário atual do setor de reciclagem no Brasil e sua relação com catadoras e catadores, como garantir condições adequadas de trabalho e renda aos trabalhadores do setor, a importância da realização de um diagnóstico nacional da categoria e ainda os desafios da inclusão de catadores e catadoras no atual marco legal.
A abertura do evento será na tarde desta quarta-feira e contará com a presença da Ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, representantes de ministérios como Cidades, Direitos Humanos e Cidadania, Desenvolvimento Social e Trabalho e Emprego, além de outras autoridades.
Ainda no primeiro dia serão assinados Termos de Cooperação entre o MESC e diversas entidades, como Associação Brasileira de Municípios, Fundação Banco do Brasil, Rede Sul, Rede Recicla Bahia, Rede Alternativa, Movimento Limpa Brasil e Rede Papel Solidário.
Raio X dos catadores de recicláveis
Um milhão de trabalhadores no Brasil: estima-se que haja mais de um milhão de homens e mulheres trabalhando com recolhimento e venda dos mais diversos materiais, como latas de aço, alumínio, garrafas de vidro, caixas de papelão, entre outros.
As mulheres são maioria entre os catadores de materiais recicláveis, representando entre 60 a 70% dos trabalhadores em atividade no Brasil.
95% dos profissionais não trabalham em associações ou cooperativas.
90% do volume de materiais recicláveis são recolhidos pelos catadores.
Mesmo os profissionais ligados a associações e cooperativas, não recebem a valorização adequada, já que menos de 1% desses órgãos possuem contratos de prestação de serviços com prefeituras, o que permite receber um valor correspondente ao serviço ambiental prestado.
98% das latas produzidas no Brasil são recicladas.
R$1 bilhão: é esse o valor anual que a indústria da reciclagem movimenta no Brasil.
A maioria dos catadores de recicláveis ainda vive nos lixões.