A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que “não há elementos” que justifiquem a abertura de uma investigação contra ele relacionada à minuta de um decreto encontrada na casa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O documento, que supostamente sugeria medidas para interferir no resultado das eleições, foi encontrado durante uma operação de busca e apreensão.
Os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente não teve qualquer participação na elaboração ou conhecimento da minuta, e que a tentativa de vinculá-lo ao documento é infundada. “Esse documento nunca foi levado ao conhecimento do presidente Bolsonaro, e não há qualquer prova que sugira o contrário”, afirmou um dos membros da equipe de defesa.
A minuta, que gerou grande repercussão, foi considerada por alguns como uma tentativa de interferir no processo eleitoral, mas a defesa de Bolsonaro insiste que não há conexão entre o ex-presidente e o material apreendido. “Trata-se de uma especulação sem base factual, e vamos provar que não há qualquer envolvimento do presidente com essa minuta”, completou o advogado.
As autoridades continuam investigando a origem e o propósito do documento, enquanto a defesa de Bolsonaro trabalha para afastar qualquer suspeita sobre o ex-presidente. O caso é mais um capítulo nas tensões políticas que envolvem figuras do alto escalão do governo anterior e seus aliados.
A controvérsia em torno da minuta e a tentativa de vinculá-la a Bolsonaro refletem o clima de polarização e as disputas jurídicas que têm marcado o cenário político brasileiro nos últimos meses. O desfecho das investigações pode ter implicações significativas tanto para Bolsonaro quanto para seus apoiadores.